domingo, 2 de dezembro de 2012

MILITARES QUE SEGUEM PARA A PROVÍNCIA DO GRÃO-PARÁ (1836)



AUTOR
JOÃO RUFINO E MARQUES, CAPITÃO AJUDANTE DE ORDENS
ORIGEM
PRESIDÊNCIA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO
DESTINO
PROVÍNCIA DO GRÃO-PARA, PATACHO MARANHÃO
DATA
23 de agosto de 1836
REGIÕES DE INTERESSE
BRASIL; PARÁ E MARANHÃO
TEMA
MILITARES QUE SEGUIRAM PARA O PARÁ
RESUMO:

              A Presidência da província do Maranhão, pelo Capitão Ajudante de Ordens Interino João Rufino e Marques, informa as praças de 1° Linha, que seguem para o Pará no Patacho Maranhão.

Assinatura do João Rufino e Marques, Capitão Ajudante de Ordens Interino.









TRANSCRIÇÃO


Relação das Praças de 1ª Linha, qe seguem pa o Pará no Patacho = Maranhão =

Postos
Nos Seguidos
Nomes
Observações
Alferes
1
Antonio Joaquim Diniz
Pa ser empregado ás Ords do Emo Sr Presde do Pará
1° Sargto
2
Bruno Anto dos Ramos
Pa servir-se ao 1° Bm a qe pertence
Soldo
3
Exequiel da Costa
Recrutas vindos do Ceará, e q assentarão praça no Continge do 4° Bm de Ces, e q f doentes não acompanharão os outros praças, q partirão sob o Condo do Alferes Pedro Joze Glz.
//
4
José Freire Agostinho
//
5
Vicente Seabra
//
6
Vicente Ferreira
//
7
Gonçalo Joze
//
8
Vital da Costa
//
9
Galdencio Anto
Vindos do Pará na Charrua = Carióca = e q ficarão doentes no Ho desta Cide
//
10
Anto Simiaõ da Costa
//
11
Antonio Francisco
//
12
Gonçalo Pereira
Pertencentes ao Continge do Ceará, e q ficarão
doentes no Ho desta Cide
//
13
Francisco Pereira
//
14
Manoel Glz
//
15
Francisco Carneiro
Gov Perme do Ceará remette prezo p Dezertor xxxx do Tury Assu, o Alferes Pedro Alexandrino de Andrade
//
16
Manoel Malaquias
Vindo do Tury Assu xx camarada do 2° Te  Felippe de Sa Santiago e q f   doente regressa a sua Provia
//
17
Joze Marq de Assumpçaõ
Do 4° Bm de Ces, prezos q Dezertaram do Destacamto da Fortaleza da Barra, com os criminozos q dali fugiraõ
//
18
Candido Joze


Palácio do Governo do Maranhaõ em 23 de Agosto de 1836


Joaõ Rufino e Marques

Captao Ajud. d’Ords Intro

JOÃO RUFINO E MARQUES


João Rufino e Marques, major, Oficial-Maior da Secretria da Presidência da Província do Maranhão. Um dos administradores do periódico O Publicador Official  (ref. ed. 359, P. O., 1835).



SITUAÇÃO HISTÓRICA: FINAL DA CABANAGEM


O terceiro presidente cabano, Eduardo Angelim, amargava em Belém a penúria de um bloqueio governamental com sede na ilha de Tatuoca.

O Brigadeiro Soares Andréia chegou àquela ilha no dia 09 de abril de 1836 com sua esquadra e assumiu imediatamente posse do cargo de presidente.

A posse do Brigadeiro Andréia determinou uma intensificação no bloqueio à capital cabana, minguando as últimas possibilidades de resistência. Uma intensa negociação se procedeu durante o mês seguinte, contudo sempre frustrada pela intransigência do velho militar.

Sitiado e minguando, o Governo Cabano receberia a proposta francesa de ajuda para independência do Pará, mas Angelim, firme nos seus propósitos de obtenção da cidadania e não separação do Império, rejeitaria tal oferta, mesmo tendo de pagar o difícil preço da derrota!

Diante da penúria, fome e peste, o conselho Cabano decidiu-se por abandonar a capital e continuar a revolução pelos interiores. No dia 13 de maio de 1836, os cabanos furaram o intenso bloqueio e evadiram-se da cidade em pleno dia. Imediatamente iniciou-se o desembarque das forças de Andréia, a qual encontrou uma cidade completamente vazia e destruída. Depois de uma ano e meio de combate, três bombardeios e dois intensos bloqueios, Belém estava reduzida a escombros da revolução. Os cabanos, vencidos militar e politicamente na capital, se retiraram para os interiores, principalmente em direção ao médio e alto Amazonas, onde subsistiram como guerra de resistência até 1840, enquanto se processava uma intensa perseguição a todo e qualquer homem com ideais liberais na Amazônia.



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