AUTOR
|
JOÃO LUSTOSA DA CUNHA PARANAGUÁ/ MARQUÊS DE PARANAGUÁ
|
ORIGEM
|
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS DA GUERRA
|
DESTINO
|
OFÍCIO CIRCULAR
|
DATA
|
09 de maio de 1867
|
REGIÕES DE INTERESSE
|
BRASIL; TODAS AS PROVÍNCIAS BRASILEIRAS
|
TEMA
|
SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DE GRATIFICAÇÃO AOS VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA /
GUERRA DO PARAGUAI
|
RESUMO:
O Ministro da Guerra solicita a
todas as províncias que cessem o pagamento de gratificação para combatentes
que já retornaram ao país.
Assinatura de João Lustosa de
Cunha Paranguá.
|
TRANSCRIÇÃO
Rio de Janeiro Ministério dos Negócios da Guerra, 09 de maio
de 1867.
Ilmo e Exmo
Snr
Declaro a VExa para
seo conhecimento e devidos efeitos, que a gratificação de trezentos réis (300
rs) diários, concedida aos Voluntários da Pátria pelo Decreto N° 3371A de 7 de janeiro de 1865,
sendo propriamente de campanha, não deve continuar a ser abonado aos mesmos
Voluntários desde que regressão ao Império.
Deos Garde a VExa
João Lustosa de C.
Paranaguá
Sr. Presidente da Peovíncia do Piauhí.
JOÃO
LUSTOSA DA CUNHA PARANAGUÁ, 2° MARQUÊS DE PARANAGUÁ
Visconde com grandeza e marquês de Paranaguá. Nasceu
na Província do Piauí, a 21 de agosto de 1821, no município de Parnaguá
(fazenda "Brejo do Mocambo", na antiga freguesia de Nossa
Senhora do Livramento de Parnaguá). Filho do coronel José da Cunha Lustosa II e
de dona Ignácia Antônia dos Reis Lustosa, e neto do português José da Cunha
Lustosa I e da paulista Helena Camargo de Sousa. Eram seus irmãos o Barão de
Paraim (José da Cunha Lustosa) e o Barão de Santa Filomena (José Lustosa da
Cunha).
Formou-se pela Faculdade de Direito de Olinda em
1846, casou-se no ano seguinte com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos, filha
do Visconde de Monserrate, com quem teve seis filhos.
Desde cedo ocupa o cargo de juiz, fazendo carreira
na magistratura até atingir a posição de conselheiro (atual desembargador), em
sua província natal, aposentando-se em 1878 com honras de Desembargador. Foi
deputado provincial em 1840, e deputado geral nas 8ª e 13ª legislaturas. Tendo
iniciado a vida política nas fileiras do Partido Conservador, tornou-se
posteriormente um dos líderes do Partido Liberal.
Exerceu a Presidência das Províncias do Maranhão
(1858 - 1859), de Pernambuco(1865 – 1866) e da Bahia (1881 – 1882); foi
Ministro da Justiça (10 de agosto de 1859 - 3 de março de 1861, e de 3 de
agosto de 1866 - 27 de outubro de 1866), Ministro da Guerra (7 de outubro de
1866 - 16 de julho de 1868), Ministro das Relações Exteriores (9 de dezembro de
1867 - 14 de abril de 1868, e de 6 de maio de 1885 - 20 de agosto de 1885),
Ministro da Marinha (9 de dezembro de 1879 - 24 de janeiro de 1880), Ministro
da Fazenda (3 de julho de 1882 - 24 de maio de 1883).
No Governo Parlamentar Brasileiro, foi
Primeiro-Ministro (3 de julho de 1882 — 24 de maio de 1883)
Como ministro da Fazenda reduziu a emissão de
papel-moeda e diminuiu os juros da dívida pública. Quando ocupou a Pasta da
Guerra o país estava mergulhado no conflito com o Paraguai.
Além das atividades políticas teve intensa vida
cultural, tendo presidido a "Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro"
e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de ter sido membro
efetivo e honorário de entidades similares.
Títulos
nobiliárquicos
Foi o segundo visconde (com grandeza, em 1882) e o
segundo marquês de Paranaguá. Grande do Império, veador de Sua Majestade a
Imperatriz, comendador da Ordem de São Gregório Magno, dentre outras.
Foi agraciado com o título de marquês em 1888. Com
a proclamação da República abandonou a atividade política.
Faleceu no Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1912.
Nenhum comentário:
Postar um comentário