sexta-feira, 6 de julho de 2012

CONDE DE GALVEAS ASSUME REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E DA GUERRA (1812)


AUTOR
CONDE DE GALVEAS
ORIGEM
REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E DA GUERRA
DESTINO
GOVERNADORES INTERINOS DA PROVÍNCIA DO PIAUÍ
DATA
01 de fevereiro de 1812
REGIÕES DE INTERESSE
BRASIL, RIO DE JANEIRO (CORTE) E PIAUÍ
TEMA
ASSUNÇÃO DA REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS DA GUERRA
TIPO DE DOCUMENTO
OFÍCIO CIRCULAR
RESUMO:

              Conde de Galveas comunica aos Governadores interinos da Província do Piauhí a sua assunção interina na Repartição dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, por motivo da morte do Conde de Linhares, e solicita que lhe enviem a partir de então todos os papéis correspondentes a esta pasta.

Assinatura do 5º Conde de Galveas, D. João de Almeida de Melo e Castro, (1756-1814).




 

 
 TRANSCRIÇÃO

            Havendo se Dignado S. A. R. O Principe Regente Nosso Senhor de me encarregar interinamente da Repartição dos Negocios Estrangeiros, e da Guerra por falecimento do Conselheiro, Ministro, e Secretario d’Estado Conde de Linhares; o participo assim a VMces para que ficando nesta intelligencia, me haja de dirigir d’Aqui todos os papeis concernentes á sobredita Repartiçaõ dos Negocios da Guerra.
            Deos Guarde a VMces Palacio do Rio de Janeiro em 1° Fevereiro de 1812.
Conde de Galveas


 


Lo. 2° f 126V  N°95
Respda a p 73 Lo 4° N°35
Snr es Governadores interinos da Capitania do Piauhi

CONDE DE GALVEIAS
João de Almeida Melo e Castro, 5° Conde Galveias (1756-1814). Seguiu a carreira diplomática, tendo sido ministro de Portugal em Londres, Haia, Roma e embaixador em Viena de Áustria. Em 1801 foi ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo do qual foi demitido em 1803. Em 1812 foi para o Rio de Janeiro, tendo sido ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros (interinamente até 12 de agosto, efetivo após esta data até a sua morte em 1814) e, interinamente, da Marinha e Ultramar. Foi oficial-mor da Casa Real, couteiro-mor da Casa de Bragança, Conselheiro de Estado, membro do Conselho da Fazenda, presidente da Junta da Fazenda dos Arsenais do Exército, comendador de São Pedro de Alhadas, da Ordem de Cristo. Casou com D. Isabel José de Meneses, mas deste casamento não houve geração. Faleceu a 18 de janeiro de 1814.

CONDE DE LINHARES
Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho, primeiro conde de Linhares do título moderno, (Chaves, 4 de agosto de 1755 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1812) foi um político português.
Filho de D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho e de D. Ana Luísa Joaquina Teixeira da Silva de Andrade, neto do homônimo vedor da Casa Real e bisneto do 10.º conde do Redondo, D. Fernando de Sousa Coutinho, teve por padrinho de batismo o futuro Marquês de Pombal.
Cursou o Colégio dos Nobres e o curso jurídico da Universidade de Coimbra e iniciou sua carreira diplomática após a morte do rei D. José I, em 1777, como enviado extraordinário e Ministro Plenipotenciário na corte da Sardenha, em Turim. Ali ficou instalado de setembro de 1779 até meados de 1796. Foram 17 anos decisivos em que forjou e consolidou seu pensamento sobre diferentes matérias essenciais ao desempenho governativo que viria a ser chamado.
Regressou de Turim para ocupar o cargo de ministro e secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos. Logo conquistou lugar preponderante no gabinete do Príncipe Regente D. João VI. Exerceu do cargo de Presidente do Real Erário entre 1801 e 1803. Desentendimentos com alguns membros do Gabinete e a discordância com a política vigente, tanto no plano interno como externo, determinaram seu afastamento por cerca de quatro anos. Regressou com força política no final de 1807, acompanhou a viagem da corte para o Brasil.
No Brasil, voltou a ser ministro e chocou-se com a falta de preparo, a rotina, a inveja dos rivais. Anglófilo, houve sua marca nos principais atos do Príncipe Regente D. João de 1808 a 1812.
Promotor da criação da siderurgia em grande escala no Brasil, patrocinou os projetos de Manuel Ferreira da Câmara em Morro do Pilar, Minas Gerais e de Varnhagen em Araçoiaba, São Paulo (Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema). Por sua orientação foi contratada uma companhia de suecos, comandada por Carl Gustav Hedberg, para implantar Ipanema.
Rodrigo de Sousa Coutinho, enquanto viveu em Turim, casou-se com uma senhora da alta aristocracia italiana, pertencente a uma família descendente do ramo Sabóia. A sua mulher chamava-se Gabriella Maria Ignazia Asinari dei Marchesi di San Marzano, sendo filha do marquês de Caraglio e da princesa de Cisterna.

FILIGRANAS





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